terça-feira, 18 de abril de 2017

Cemaden avalia medidas para aprimorar emissão de alertas de desastres naturais

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) analisa a implementação de 10 ações que podem melhorar a emissão e a resposta aos alertas, mitigando o impacto de deslizamentos de terra, inundações e enxurradas. As propostas foram apresentadas durante o 1º Seminário Nacional de Avaliação dos Alertas, encontro promovido pela entidade vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que contou com a participação de cerca de 200 representantes das defesas civis de todo o país, pesquisadores e técnicos do Cemaden.

As sugestões foram separadas em aplicações de curto, médio e longo prazo e contemplam iniciativas como a melhora da metodologia de emissão de alertas e o desenvolvimento de novas tecnologias que permitam antecipar a ocorrência dos desastres.

Uma das aplicações que podem ser implantadas é a emissão de avisos por meio de mensagem SMS. A base tecnológica da iniciativa já está pronta e funciona em caráter experimental em 20 cidades de Santa Catarina. A proposta é expandir a tecnologia para todas as cidades monitoradas pelo Cemaden nos próximos meses.

Outro ponto destacado foi a importância da emissão de alertas mesmo em episódios de menor risco. Segundo o coordenador-geral de Operações e Modelagens do Cemaden, Marcelo Seluchi, as defesas civis utilizam essas informações para reduzir o tempo de resposta.

Regionalidade
O seminário também demonstrou a importância de adequar os protocolos de emissão de alertas de acordo com as características de cada região. O tempo de resposta das defesas civis na região amazônica, por exemplo, pode chegar a alguns dias nos casos de cheias dos rios. Por outro lado, no Sudeste e no Sul, regiões marcadas por episódios de enchentes e deslizamentos de terra, a atuação deve ser imediata.

Processo
Atualmente, a Sala de Situação do Cemaden, em São José dos Campos (SP), monitora 958 municípios brasileiros. Destes, 821 integram o Plano Nacional de Gestão de Risco e Resposta a Desastres. São cidades com alto grau de ameaça para a ocorrência de desastres naturais, que respondem por 94% das mortes e 88% do total de desalojados e desabrigados do Brasil. Desde a criação do Centro, em 2011, já foram emitidos mais de 6,7 mil alertas.

Divulgação/Cemaden
Os alertas são emitidos com base em análises de risco de condições potencialmente adversas, utilizando estudos de modelagem e acompanhamento sistemático de dados fornecidos pelas redes geológicas, hidrológicas e meteorológicas do Cemaden, que estão espalhadas pelo país. Cada alerta é repassado ao Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão do Ministério da Integração Nacional, que aciona a defesa civil nos estados e municípios.

Fonte: MCTIC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário