segunda-feira, 25 de abril de 2016

Tornado, chuva e ventania provocam estragos e deixam feridos no RS

A cidade de São Miguel das Missões, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi atingida por um tornado no final da tarde de domingo (24), conforme afirmam meteorologistas da Somar Meteorologia na análise feita com base em imagens que comprovam que o cone da tempestade tocou o solo.

Pelo menos oito pessoas foram socorridas com ferimentos leves. Houve ainda o destelhamento de casas e queda de árvores. De acordo com o Corpo de Bombeiros, 15 famílias tiveram que deixar suas casas por conta da chuva que fez o Rio Pessegueiro transbordar em ao menos quatro bairros. Pelo menos 70 residências foram afetadas, conforme a prefeitura da cidade.

Museu de São Miguel das Missões (RS) foi destruído (Foto: Defesa Civil/Divulgação)
Conforme a Somar Meteorologia, os lugares mais comuns para formação de tornados no Brasil é o Rio Grande do sul, ou nas regiões litorâneas do Sul e do Sudeste do País. Os tornados costumam acontecer em períodos de transição.

Em Campinas das Missões, o rio Pessegueirinho transbordou e acabou arrastando uma casa, com o casal proprietário dentro. A mulher conseguiu sair a tempo, mas o homem de 66 anos foi arrastado junto com a enxurrada. O corpo dele foi localizado nesta segunda (25) pelos Bombeiros a 200 metros do local.

Ocorreu ainda um deslizamento de terra entre as cidades de Santa Rosa e Giruá, na ERS-344, provocando bloqueio parcial da via, que agora opera em meia pista. Uma ponte foi interditada na altura do km 18 da ERS-307, entre Campina das Missões e Cândido Godoy e não é possível passar pelo local.Outro município com danos significativos na região foi Santa Rosa, onde 30 casas foram destelhadas.

Texto retirado do site G1 - RS.

Sanepar firma convênio para pesquisas sobre desastres ambientais

A Sanepar vai investir cerca de R$ 1,5 milhão em um programa de cooperação e intercâmbio científico e tecnológico voltado para redução de riscos de desastres no Paraná e, posteriormente, em outros estados. Para a destinação de recursos, a Sanepar assinou um termo de cooperação técnica, científica e financeira com a Casa Militar, Universidade Estadual do Paraná (Unespar) e a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá. 

De acordo com o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, a intenção da empresa é estimular a pesquisa em busca de soluções para o atendimento da população em situações de risco ou dano ambiental ou social, especialmente aquelas que afetam o abastecimento de água da população. O Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, criado em 2013 na reestruturação do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil, é o órgão gestor da Redesastre – uma rede de universidades cooperadas, públicas e privadas, que trabalha pela redução de riscos de desastres.

O termo de cooperação assinado abrange atividades de pesquisa, desenvolvimento, formação e treinamento de recursos humanos e prevê, ainda, a absorção e transferência de tecnologias, serviços educacionais de pesquisa e extensão em temas de interesse comum, como inundações, chuvas intensas, secas e estiagens e levantamento de áreas de risco.

Sanepar firma convênio para pesquisas sobre desastres ambientais.


PREVENÇÃO E PESQUISA – As atividades do Ceped/PR envolvem a realização, pelas universidades cooperadas, de pesquisas nos locais onde há maior incidência de desastres no Paraná. O diferencial é que os resultados dos trabalhos, além da ampliação do conhecimento, poderão ser aproveitados pelos gestores do Estado e dos municípios para planejar soluções. Esse modelo é vinculado à Unespar e consiste em um órgão de assessoramento do Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil (Sepdec).

ESTUDOS TÉCNICOS – O investimento em pesquisa é uma das ações que estão sendo tomadas pela Sanepar em relação às cidades atendidas pela empresa, especialmente aos 14 municípios que foram afetados pelas fortes chuvas no mês passado, no Paraná. O presidente da companhia informou que a empresa faz internamente estudos técnicos e executa ações imediatas, de curto, médio e longo prazos nas cidades atingidas pelas chuvas.

Fonte: Agência Estadual de Notícias do Paraná
Texto retirado do site CEPED - PR

terça-feira, 19 de abril de 2016


NOTA DA SBG PARA O MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

São Paulo, 15 de março de 2016
Considera-se importante a apresentação de formulações alternativas ou aditivas que se proponham preencher vazios ou corrigir desequilíbrios ou distorções. Com este propósito de contribuir faz-se uma análise parcial do documento. O foco principal é as Ciências da Terra, pobre como conteúdo e ausente como componente curricular nas ciências. Entretanto algumas observações gerais surgem como decorrência da análise.
No que concerne a consulta pública sobre a Base Nacional Curricular Comum, proposta pelo Ministério da Educação - MEC, a Sociedade Brasileira de Geologia - SBG, entidade científica com 70 anos de atuação e mais de 3000 associados, manifesta grande preocupação quanto à exclusão completa da área geociências como unidade curricular do ensino fundamental e médio:

  1. Considerando que no País grande parte das questões relacionadas com preservação ambiental é  intimamente  ligada ao conhecimento das geociências;
     
  2. Considerando que o País  possui umas das maiores geodiversidades do planeta, incluindo rochas, minerais, solos e sedimentos;
     
  3. Considerando que a geodiversidade condiciona a biodiversidade na formação dos mais diversos ecossistemas;
     
  4. Considerando que o País possui o maior aquífero do mundo (Sistema Aquífero Grande Amazônia) e que o mesmo abasteceria o planeta por aproximadamente 250 anos segundo reportagem da Folha de São Paulo em 21/03/2015;
     
  5. Considerando que o País possui o maior rio do planeta em dimensão e volume conforme conhecimento universal;
     
  6. Considerando que o conhecimento das geociências é fundamental, senão imprescindível, para evitar tragédias ambientais (e.g o recente acontecimento envolvendo a mineradora Samarco e a cidade de Mariana - MG);
     
  7. Considerando que o conhecimento do meio físico é o maior condicionante para o planejamento territorial urbano e que, se bem aplicado, evitaria transtornos como escorregamentos diversos e enchentes;
     
  8. Considerando que a mineração no País corresponde a 4% do PIB nacional segundo o Ministério de Minas e Energia;
     
  9. Considerando a riqueza mineral brasileira, especialmente em Ferro que configura reconhecidamente entre os mais puros do planeta e a importância do mesmo no cenário internacional;
     
  10. Considerando que, de acordo com a BP Statistical Review of World Energy 2011, as reservas brasileiras de óleo e gás natural são as que mais crescem no mundo, e atingiram 16.612 bilhões de barris em 2014 (ANP/SPE);
     
  11. Considerando as novas fronteiras exploratórias de petróleo em ambiente offshore;
     
  12. Considerando que o ensino fundamental e médio é a base na formação do futuro profissional, ou ainda, o pilar da boa educação e que esta se relaciona fortemente com qualquer questão de origem social.

A SBG solicita aos representantes do egrégio ministério uma séria revisão da proposta apresentada por meio das ponderações aqui discriminadas e manifesta absoluto, senão ilimitado, apoio ao estudo executado pelo Prof. Dr. Paulo Cesar Soares (UFPR) em anexo.
Texto retirado do site SBGEO.
“Reconstrução e recuperação em desastres: histórias, memórias, patrimônios e culturas"


Diante de desastres cada vez mais recorrentes, torna-se indispensável promover o debate sobre as políticas públicas de reconstrução e recuperação, de modo a considerar aspectos sociais, culturais, econômicos, históricos, dentre outros. São Luiz do Paraitinga/SP, município atingido por inundações em janeiro de 2010, vivenciou um árduo processo de reconstrução e recuperação cujas lições aprendidas precisam ser disseminadas com vistas a subsidiar outros municípios que estão presenciando desafios semelhantes. Diante disso, o município será palco do debate "Reconstrução e recuperação em desastres: histórias, memórias, patrimônios e culturas", a ocorrer no Auditório da Biblioteca Municipal, no dia 07 de maio de 2016 às 10h00. O evento contará com apresentações de estudos científicos sobre o processo de reconstrução do município, além do lançamento de um livro sobre o tema. Lançamento do livro "Processos de recuperação em desastres: discursos e práticas" (http://www.rimalivraria.com.br/Processos-de-Recuperacao-em-Desastres--discursos-e-praticas/prod-3646192/)




Segue abaixo a programação:

  1. Histórias de inundações e a inundação histórica (Dr. Judas Tadeu Campos/PUC)
  2. Os sentidos da patrimonialização no processo de reconstrução de São Luiz do Paraitinga (Msc.Daniel M. Santos/UNITAU) 
  3. A cultura como protagonista da reconstrução de São Luiz do Paraitinga (Dr.João Rafael Cursino dos Santos/USP)
  4. Da recuperação à redução do risco de desastres no Brasil: o que podemos fazer? (Dr. Victor Marchezini/CEMADEN)


     Sobre os palestrantes:
  • Judas Tadeu Campos
Doutor e mestre em Educação pela PUC-SP. Possui graduação em Pedagogia pela Universidade de Taubaté (UNITAU) e especialização em Comunicação Social pela UNITAU.

  • Daniel Messias dos Santos
Mestre em Desenvolvimento Humano pela Universidade de Taubaté-SP. Possui graduação em História e Pedagogia pela Universidade de Taubaté. É especialista em Ensino Religioso Escolar pela Faculdade Dehoniana e em História pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) .
  • João Rafael Coelho Cursino dos Santos
Doutor e mestre em História Social pela Universidade de São Paulo. Graduou-se em bacharel e licenciatura em História (2005) na Universidade de São Paulo.
  • Victor Marchezini
Doutor e mestre em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos. Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos. É pesquisador no CEMADEN/MCTI.

Mais informações: prevencaodesastres@gmail.com

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Vídeo impressionante mostra deslizamento em pedreira no interior do ES



Um vídeo impressionante mostra o deslizamento de uma pedreira na tarde desta sexta-feira (16) em Pancas, no norte do Espírito Santo. As pedras atingiram dois sítios na comunidade rural Córrego Bela Aurora, no distrito de Lajinha. Segundo familiares do proprietário de um dos sítios, nenhuma residência foi atingida e ninguém ficou ferido, mas eles ainda não calcularam o prejuízo material

Assista ao vídeo clicando aqui.
Dois deslizamentos foram vistos na comunidade, um por volta das 16h e outro no início da noite de sexta. De acordo com a comerciante Sandra Shumacher, filha do dono do sítio, o barulho das pedras rolando assustou os moradores. "Comunidades vizinhas ouviram o estouro. Os moradores ficaram muito assustados com o deslizamento", relata a comerciante.
Segundo Sandra, as pedras atingiram o pasto dos sítios e interditaram uma estrada rural. Os proprietários ainda não sabem dizer se o rolamento matou algum animal das terras.
"Estamos muito preocupados porque algumas pedras pequenas continuam caindo na propriedade", alerta Sandra.
O coordenador da Defesa Civil de Pancas, Leandro Rocha Vieira, disse que houve um desplacamento natural da rocha, ou seja, a pedra quebrou sozinha. Ele esteve no local e conversou com moradores. Leandro disse que vai pedir uma avaliação da Defesa Civil estadual para saber porque houve o desplacamento e se há possibilidade de acontecer de novo.
Texto retirado do site GazetaOnline.

terça-feira, 12 de abril de 2016


A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil realizará o Curso de CDSA - Critérios para Declaração de Situações Anormais (SE/ECP) em Vitória-ES


No dia 28 de Abril de 2016 a Defesa Civil Estadual ministrará o Curso de CDSA - Critérios para Declaração de Situações Anormais (SE/ECP) na ESESP, localizada no município de Vitória, no horário entre as 09 e 17 horas.
Inscreva-se aqui.














O curso tem como objetivo apresentar a legislação federal e estadual com os 
critérios para caracterização e decretação de situações anormais; conceituar situação de emergência e estado de calamidade pública; caracterizar danos e prejuízos; classificar a intensidade dos desastres; definir a codificação do desastre (COBRADE); Solicitar Reconhecimento Federal e/ou Homologação Estadual; Inserir informações no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID).

Para saber quais cursos serão realizados neste ano pela Defesa Civil Estadual, confira nosso calendário 2016 e fique atento ao período de inscrições.

Texto retirado do site Defesa Civil - ES.
 




terça-feira, 5 de abril de 2016

O desastre da Samarco: Balanço de seis meses de impactos e ações

No dia 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de Fundão, da empresa Samarco no município de Mariana (MG), resultou no maior desastre deste tipo e em danos humanos e ambientais inestimáveis, atingindo dezenas de municípios em dois estados (MG e ES) e milhões de pessoas, com efeitos que irão se prolongar ao longo do tempo. O objetivo deste seminário é realizar um balanço dos primeiros seis meses dos impactos e das ações relativos ao desastre, envolvendo instituições de ensino e pesquisa; órgãos do governo; organizações da sociedade e movimentos sociais. As inscrições podem ser feitas no site.






PROGRAMAÇÃO
Local: Hotel Providência; Rua Dom Silvério, 233 – Centro – Mariana – MG
Público alvo: instituições de ensino e pesquisa; órgãos do governo; organizações da sociedade e movimentos sociais
Realização: FIOCRUZ; UNISDR; Rede de Pesquisadores em Redução do Risco de Desastres no Brasil (RP-RRD-BR); PoEMAS/UFJF; GEPSA/UFOP; GESTA/UFMG; UDESC
 
DIA 5 de maio
9hs – 10hs: Abertura do Seminário
UNISDR, FIOCRUZ e Prefeitura Mariana
10hs – 12:30: Mesa 1 – Ampliando a compreensão sobre riscos de desastres na mineração – o caso do desastre da Samarco
  • Bruno Milanez (PoEMAS/UFJF) – Falhas no licenciamento da barragem do Fundão e no monitoramento das barragens de rejeito
  • Andréa Zhouri (GESTA/UFMG) – O desastre e a política das afetações: classificações e ações que administram o sofrimento social
  • Rafaela Dornelas (Organon/UFES) – Impactos socioambientais da ruptura da barragem de rejeitos da Samarco no Espírito Santo
14hs – 17hs: Mesa 2 – O Marco de Sendai e a governança de riscos de desastres na mineração
  • Edmundo Antônio Dias Netto Júnior (Procuradoria da República em Minas Gerais) – Atuação do Ministério Público Federal para o fortalecimento das ações governamentais para garantir os direitos e a segurança da população
  • Maria Julia Gomes de Andrade (Comitê Nacional em Defesa dos Territórios frente à Mineração) – O novo código da mineração pós-tragédia de Mariana
  • Raphaela Lopes (Justiça Global) – Negociando direitos: a administração privada dos danos socio-ambientais decorrentes do rompimento da barragem de Fundão
  • Maria Galleno de Souza Oliveira (Faculdade de Ciências e Letras – Unesp/Araraquara) – O desafio da governança para a redução de riscos envolvendo multiplas instituições e níveis de governo e a participação da sociedade
18:30 #UmMinutodeSirene – Praça da Sé
Conversa com moradores locais sobre experiências de mobilização local e conscientização da população sobre os riscos associados à atividade mineral

Dia 6 de maio
9hs – 12hs: Mesa 3 – Lições do Desastre da Samarco para a preparação, resposta e reconstrução – os erros que não mais podem ser cometidos
  • David Stevens (UNISDR-CERRD) – ‘’Reduzindo Riscos Atuais e Futuros Seguindo o Marco de Sendai para a Redução do Risco de Desastres 2015 – 2030’’
  • Alexandre Lucas Alves (Coordenador Defesa Civil Municipal Belo Horizonte- MG) – ‘’Construindo Cidades Resilientes – A Experiência de Belo Horizonte”
  • Mario Jorge Cardoso Coelho Freitas (UDESC/RP-RRD) – “Das percepções dos envolvidos no desastre da Samarco à mudança paradigmática que se torna necessária”
  • Carlos Machado de Freitas (Cepedes/Fiocruz) – Lições do desastre da Samarco para a preparação, resposta e reconstrução em situações de riscos e desastres
13:30hs – 16:30 – Uma nova dinâmica de desenvolvimento econômico e social sustentável com Projetos de Mineração
  • Marcos Calazans (GEPSA/UFOP) – A suposta neutralidade tecnocientífica e o monopólio da atividade minerária no modelo de desenvolvimento político-econômico na região atingida pelo rompimento da barragem de Fundão em Mariana (MG).
  • Marcelo Firpo de Souza Porto (Abrasco; Ensp/Fiocruz)- Caravana Territorial do Vale do Rio Doce
  • Denise Pereira – (PUC/MG) Territórios extraídos em perspectiva: cenários e estratégias estruturantes
  • Representante de atingidas e atingidos pelo Desastre Samarco
Workshop Tomada de Decisão sobre Mudanças Climáticas, Riscos e Gestão - Vulnerabilidade Hídrica

O Wokshop Tomada de Decisão sobre Mudanças Climáticas, Riscos e Gestão - Vulnerabilidade Hídrica tem por objetivo proporcionar espaços de diálogo e aprendizagem social entre gestores públicos e privados frente aos desafios das mudanças climáticas globais. Pretende também orientar os profissionais tomadores de decisões quanto aos riscos e impactos das mudanças climáticas na gestão de suas áreas de atuação.










Data: terça-feira, 12 Abril, 2016 - 08:30 até quarta-feira, 13 Abril, 2016 - 17:30
Local: Centro de Treinamento da Agência USP de Inovação - Av. Torres de Oliveira, 76, Jaguaré, SP

Sobre as inscrições
A capacidade de lotação do auditório é de 40 lugares. As inscrições devem ser feitas exclusivamente por email (comunicacao@iee.usp.br) enviando os dados abaixo solicitados e anexando cópia do comprovante de depósito da taxa de inscrição.
Nome completo sem abreviação
Cargo
Instituição
e-mail para contato
telefone preferencial para contato

Confira todas informações e programação do Workshop aqui.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Brasil e Japão assinam acordo para prevenção de desastres naturais

Brasil e Japão assinaram na segunda-feira (14/3), no Itamaraty em Brasília, a Minuta de Entendimento do acordo de Cooperação Técnica Internacional na área de prevenção de desastres naturais para melhorar a precisão dos alertas, e o relatório de avaliação intermediária do Projeto GIDES. A parceria entre Brasil e Japão é baseada na troca de experiências entre recursos humanos das duas nações. Desde 2014, turmas de técnicos dos órgãos participantes já receberam capacitação de especialistas japoneses. 


Mesa de autoridades na 4ª Reunião do Comitê de Coordenação Conjunta

O documento valida condutas, procedimentos e atividades realizadas no projeto, desde 2013, que culminou com a elaboração do Manual Técnico para os quatro eixos – mapeamento, planejamento urbano, monitoramento e obras. Os manuais técnicos serão agora testados nos trabalhos a serem realizados nos municípios piloto de Blumenau (SC), Nova Friburgo (RJ) e Petrópolis (RJ) – todas sofreram com deslizamentos de terra nos últimos anos. 

“Esse projeto, além dos benefícios que traz para todos, tem uma questão muito importante que é a de trabalharmos no sentido de alcançar uma unificação na metodologia de trabalho”, enfatizou Manoel Barretto.

Representantes do Japão e do Brasil no Itamaraty
Os representantes do governo japonês fizeram uma avaliação da participação dos pesquisadores da CPRM nos treinamentos realizados nos dois países. Além de elogiar a dedicação e o comprometimento dos profissionais que participam dos treinamentos. Para eles os brasileiros estão empenhados e dedicados no trato da gestão de risco. E destacou ainda o papel de liderança da CPRM na coordenação do projeto.

Mapeamento áreas de risco: De acordo com o mapeamento realizado pela CPRM, 1123 municípios brasileiros estão em áreas de risco geológico, classificadas como de muito alto e alto, relacionadas principalmente com movimentos de massa e inundações. O levantamento foi realizado de outubro de 2011 a fevereiro de 2016. O objetivo do estudo é reduzir danos e diminuir perdas, de vidas e materiais.

Texto retirado do site CPRM.

Desastres naturais: a importância da prevenção e da gestão de riscos

É possível evitar os efeitos trágicos de desastres naturais decorrentes das chuvas, mas para isso, são necessários planos de prevenção e de gestão de riscos, além da intensificação da fiscalização. A afirmação pode até parecer óbvia, no entanto, faz muito sentido, quando os brasileiros ainda tentam se recuperar do choque provocado pelos deslizamentos ocorridos na serra fluminense, no mês de janeiro. Até agora, foram registrados cerca de 900 mortos e mais de 400 desaparecidos. 

Os efeitos das mudanças climáticas foram apresentadas pelo físico José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Fecomercio, como um fator relevante a ser considerado, no contexto dos incidentes decorrentes das chuvas. 


“O clima é variável. A Ciência nos diz que a atmosfera está esquentando. Ela é composta por 78,10% de nitrogênio e um pouco mais de 20% de oxigênio, mas a questão está nos 1% restantes. A vida seria impossível na Terra, se não houvesse o colchão formado por esses gases em pequena porcentagem, como o CO2 (0,04%), produzido principalmente pelo combustível fóssil. No entanto, ele deixa a luz entrar, mas não a deixa sair, pois não é um bom condutor térmico”, diz. 

Para Goldemberg, no caso específico de São Paulo, a explicação para o aumento dos eventos climáticos, está na formação das nuvens sobre os oceanos, que chegam ao planalto e acarretam as chuvas. “Como a temperatura do mar está aumentando, existe maior quantidade de vapor. São Paulo ao ser uma selva de pedra, com asfaltamento excessivo, apresenta maior temperatura. Em condições normais, as nuvens passariam e não haveria a intensidade das precipitações”. 

DO PONTO DE VISTA GEOLÓGICO 
Em qualquer circunstância, o primordial é a realização do diagnóstico, como explica o geólogo Álvaro Rodrigues do Santos. “O que observamos é que praticamente todos os programas brasileiros contra enchentes no país têm partido de diagnósticos primários simplistas, no campo hidráulico, que não conseguem perceber as causas fundamentais das origens dos incidentes”. 

Ele defende a gestão compartilhada, como na região metropolitana de São Paulo, que compreende 39 municípios distribuídos em 8.051 km2 localizados na bacia hidrográfica do Alto Tietê, onde vivem cerca de 20 milhões de habitantes e são produzidos 8 milhões de m3 de sedimentos. “A mancha urbana começou a crescer a partir da década de 50. No caso da região central da cidade de São Paulo, ela está sobre uma bacia sedimentar terciária, que é ótima para construção, com relevo suave. Já na região periférica, como na Serra da Cantareira, há os terrenos cristalinos, mais acidentados e solos frágeis do ponto de vista de erosão”, diz. 

Texto retirado do site Planeta Sustentável.