sábado, 19 de maio de 2012

Mesa-Redonda: Desastres Naturais e Mudanças Climáticas: Condicionantes?

A mesa-redonda acontecerá no dia 29/05, no auditório da Pós-graduação da Física, na UFES Campus Goiabeiras.

Para participar pedimos que realizem inscrição mandando e-mail para Cepedesufes@gmail.com com seu nome completo, sua formação e a área de atuação.

Obs.: Não haverá entrega de certificados. Vagas limitadas.

terça-feira, 8 de maio de 2012

MinCidades já investiu R$ 600 milhões em obras de contenção de encostas

Foto: Arquivo/MinCidades

O Ministério das Cidades (MinCidades) já investiu  mais de R$ 600 milhões em obras de contenção de encostas em diversas regiões do país. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e, no total, somam R$ 1 bilhão, que serão aplicados em até quatro anos, em áreas de risco de deslizamentos de encostas. Todo valor será investido em 122 empreendimentos beneficiando 66 municípios em cinco estados.

Os benefícios do PAC Contenção de Encostas são destinados a estados e municípios com áreas propícias a deslizamentos e acidentes, ocorridos por desastres naturais extremos em regiões com assentamentos precários, mais vulneráveis às enchentes, enxurradas, erosões e impróprias para moradia.

Os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Amazonas, Alagoas e Espírito Santo foram selecionados para execução de obras por meio de chamada pública, na primeira seleção realizada pelo MinCidades. Na região serrana do Rio de Janeiro, por exemplo, foram beneficiados os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, que sofreram com as fortes chuvas nos últimos anos. Em 2012, será aberta nova chamada pública para concluir o investimento de R$ 1 bilhão na área.

As modalidades dessa seleção abrangem a execução de obras de contenção, elaboração de projetos de engenharia para a estabilização de encostas e elaboração de planos municipais de redução de riscos. Apenas prefeituras municipais e governos dos estados podem pleitear as verbas.

Área de risco
Alguns fatores caracterizam uma área de risco de deslizamentos de encostas. O primeiro está associado à região com declividades acentuadas, o que implica naturalmente a movimentação do terreno por ações gravitacionais. O segundo ponto compreende a existência de chuva, que em certo período do ano, se concentra e ocorre com mais intensidade em algumas regiões do país. A última variável e, talvez, a mais comum, corresponde à ocupação inadequada dessas áreas para fins de habitação e moradia.
O Ministério das Cidades, por meio da Secretária Nacional de Acessibilidade e Programas Urbanos (SNAPU), desenvolve um sistema de gerenciamento de áreas de risco que implica, em primeiro lugar, o conhecimento do problema por meio do mapeamento dos riscos, definindo condições para ocupação segura, prevenção ambiental, provisão habitacional de interesse social e infraestrutura. Essa atuação fornece às prefeituras melhores condições para controlar e fiscalizar essas áreas.

Prevenção
A prevenção ganhou destaque com o mapeamento de áreas de riscos e investimentos do PAC. Enchentes, deslizamentos, destruição de infraestrutura e construções, e um número crescente de mortes são o foco da prevenção. Os municípios mais afetados, aqueles que se localizam em áreas de declive e de grande concentração de moradias populares, serão os que terão prioridade na destinação dos recursos.

PAC 2
O PAC Contenção de Encostas está inserido no eixo Prevenção em Áreas de Risco de encostas e enchentes. De acordo com último balanço, realizado em março de 2012, já foram aplicados R$ 608,3 milhões.

Radar meteorológico vai prever desastres com duas horas de antecedência

Um radar meteorológico a ser instalado no Espírito Santo no ano que vem poderá prever desastres naturais com ao menos duas horas de antecedência e medir exatamente quanto vai chover. O aparelho, cujo valor estimado é de R$ 3,5 milhões, será adquirido pela Vale em parceria com o governo do Estado.

Além do equipamento, 25 centros meteorológicos serão instalados em municípios capixabas para complementar os dados do radar. O Espírito Santo ainda não possui um aparelho como esse.

De acordo com o coronel Edimilton Ribeiro, da Defesa Civil Estadual, com a previsão mais precisa de eventos climáticos as cidades atingidas serão alertadas mais rapidamente sobre os riscos. "Essa estrutura vai permitir que, com antecedência de duas horas, nós saibamos o tipo de evento que está vindo. Poderemos alertar as defesas civis municipais para prevenir os riscos dos desastres".

O sistema, com investimento total previsto em R$ 15 milhões – incluindo os centros meteorológicos - trará informações sobre temperatura, pressão, precipitação de chuvas, velocidade e direção dos ventos. Será possível prever também quantos metros o leito de um rio vai subir em consequência da chuva.

O presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, diz que o radar deve ser instalado até meados de 2013 na região do município de Santa Teresa ou de Pedra Azul, em Domingos Martins. Ele diz ainda que o atual sistema de monitoramento das condições do tempo no Estado não fornece detalhes importantes sobre os eventos.

"O equipamento que temos hoje nos permite saber que a Grande Vitória, por exemplo, terá chuva forte. Mas quanto ao volume de chuva, a previsão manual não dá essa quantidade exata. 'Pode chover em torno de 70 mm', é a previsão. Mas tanto pode ser 70mm como pode ser 130 mm. Com o radar, vou saber exatamente quanto que vai chover", explica.

O diretor de portos da Vale, Crisitano Cobo, diz que a empresa já estudava adquirir um radar e, como o governo do Estado tinha a mesma intenção, decidiram formar uma parceria. Com o equipamento, a empresa poderá minimizar os efeitos climáticos sobre as operações portuárias.

"Quando a gente identificar a chegada de alguma rajada de vento, tempestade, ou um tornado, como ocorreu em novembro de 2010, nós poderemos prever e retirar as pessoas que estejam em locais de risco e preparar os equipamentos para a velocidade dos ventos ou da quantidade de chuva que virá. Isso é uma forma de prevenção para as nossas operações", afirmou Cobo.

Em 2010 uma ventania derrubou dois dos descarregadores de navios da Vale no Terminal de Carvão do Porto de Praia Mole.

Fonte: Gazeta Online.