quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Lançamento da Plataforma de Dados Terra MA² no ES

No dia primeiro de outubro, ocorreu o lançamento da plataforma de dados do Software Terra MA², no quartel do Corpo de Bombeiros do ES, sede do Comando Geral da Defesa Civil do ES. O encontro reuniu técnicos da Defesa Civil Estadual e alguns Comandantes das regionais, Órgãos  Estaduais como a AGEH, IJSN, IEMA, o grupo do Centro de Pesquisas e Estudos em Desastres Naturais do ES da UFES, a empresa Vale (implantadora do radar meteorológico instalado em Aracruz) e da Meteorologista do Incaper.








O Major Anderson Pimenta responsável pelas medidas prevencionistas da Defesa Civil do ES conduziu o primeiro momento da reunião, indicando algumas medidas que estão sendo feitas para o Estado, após as fortes chuvas ocorridas no final do ano de 2013. Os avanços registrados incluem atitudes de prevenção e resposta a esses eventos que podem levar a fatalidades, como em 2013.


Para isso o município de Santa Leopoldina (imagem ao lado) será o piloto desses projetos que incluíram a atualização do banco de dados da Defesa Civil, a criação da Divisão Regional de Defesa Civil, deslocando a centralidade da capital Vitória, dando maior autonomia as outras regiões. Avanço nos mapeamentos de risco realizados pelo CPRM, no qual 58 municípios já fazem parte, com previsão de até o final do ano de 2015 todos os 78 municípios já tenham esse documento de apoio. Entrada de 18 municípios ao programa Cidades Resilientes da ONU, elevando a posição do Brasil no Ranking da ONU para terceiro lugar em atitudes prevencionistas. No entanto, com muitos desafios a serem alcançados ainda, listados pelo Major como:
- Adequação dos Planos de Contingência;
- Cadastro efetivo da população de áreas de risco e suas peculiaridades;
- Capacitação dos moradores e realização de novos simulados;
- Instalação de um Centro Estadual de Gerenciamento de Desastres;
- Instalação de sirenes em áreas de risco prioritárias ( a exemplo do Rio de Janeiro. Atualmente, o ES já possui o Termo de Referência);
- Comunicação clara e direta com a comunidade.

TERRA MA²
Com isso o softaware do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) vem sendo aprimorado desde 2007 na sua elaboração inicial pelos técnicos, especialmente o Dr. Eymar, que esteve no segundo momento desse encontro explicando como funciona essa plataforma de dados, a partir da base TerraLib (geoprocessamento do INPE). A plataforma foi lançada em 2012.

No Brasil, devido à uma série de Leis promulgadas pelo Governo Federal, o mercado sofreu um impulso para atender os requisitos que possibilitem a prevenção a esses Desastres Naturais. Nesse sentido, o TerraMA² vem auxiliar a Defesa Civil criando uma plataforma de monitoramento com dados fixos e dados variáveis obtidos da coleta de informações online que o software realiza. Dessa forma, comunidade acadêmica, população civil e técnicos da Defesa Civil podem criam suas plataformas de monitoramento e emitir alertas com os inputs lançados pelo que os dados variáveis apontam.

A coleta de dados é feita pelo satélite SCP 1,2 e NOAA 15,16,17, associados aos radares do CEMADEN. A plataforma do INPE ainda possui algumas limitações, porque depende das informações do satélite GOES (EUA) e METEOSAT (Europa), pois os mesmos não atendem os requisitos brasileiros, sendo ainda esse um impasse dessa plataforma de dados do INPE.

A distribuição dos dados brutos é feita online por grades processadas, com o TERRA MA² outras geotecnologias vem embutidas que possibilitam o melhor tratamento dos dados.
1. TerraLib (desenvolvimento de aplicativos)
2. TerraView (manipulação e análise de dados geográficos)
3. Terra ME (geração de cenários/ modelagem)
4. TerraHidro (sistema de modelagem hidrológica)
5. Terra MA² (monitoramento, análise e alerta de extremos ambientais)

O Terra MA² pretende criar uma plataforma com diferentes fontes de dados:
a) escala;
b) resolução;
c) fusos horários;
d) dados observacionais e de modelos de pressão;

A Concepção da plataforma está amparada por:
1. Dados ambientais dinâmicos (dados de PCD; grade numérica; dados de ocorrências)
2. Objeto monitorado;
3. Análises.

Para as análises a Arquitetura da plataforma, necessita do input dos dados, mas onde obtê-los?
1. CPTEC
2. DSA (Satélites)
3. SINDA (PCD)
4. ANA
5. MMA (mapas em WMS e WFS)
No Brasil, em geral, os dados não eram obtidos com tanta felicidade sendo fator limite para as pesquisas, com o tempo este quadro vem mudando, pois há um movimento de integração desses dados por meio dessas plataformas. O TerraMA² possibilita alguns tipos de análises, por ser uma "nuvem" online, baseado em:
a) objetos
b) grades
c) PDC
d) Terra ME: espaço celular.

O comandante da Defesa Civil do ES, fechou o encontro ressaltando a importância dessa plataforma de dados, que vem com o intuito de ajudar no monitoramento desses inputs que podem deflagrar processos que ocasionem o desastres naturais.

Para ter acesso ao programa, e montar sua base de monitoramento, ele está disponível em: TerraMA² - INPE 
ou na página do próprio programa sendo possível baixar em "Documentos" suas fórmulas para processamento de dados, neste link.