quarta-feira, 4 de setembro de 2019

Projeto de Extensão LabGR2D/CEPEDES-UFES apresenta publicação sobre alterações na morfologia fluvial no médio-baixo curso do Rio Doce

O Projeto de Extensão “Laboratório de Gestão em Redução de Risco de Desastres - LabGR2D/CEPEDES-UFES” em parceria com “Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território – CEGOT/Coimbra-PT” 

Divulgam o trabalho de autoria de André Luiz Nascentes Coelho "MUDANÇAS HISTÓRICAS NA MORFOLOGIA FLUVIAL NO MÉDIO-BAIXO RIO DOCE POR PROCESSOS DE EROSÃO E SEDIMENTAÇÃO".

A pesquisa tratou de uma análise do ritmo de mudanças na morfologia fluvial por processos de erosão e sedimentação no médio-baixo rio Doce em 4 décadas. As informações produzidas apresentam um panorama/diagnóstico quali-quantitativo da erosão e sedimentação, através de um estudo temporal, contribuindo nas ações de pesquisa, monitoramento, recuperação hidrofluvial e gestão de risco de desastres. 

PREFÁCIO: Celia Alves de Souza 
APRESENTAÇÃO: Antonio Celso de Oliveira Goulart



Resumo
A presente publicação realizou, a partir de produtos de sensoriamento remoto e campo, uma análise quali-quantitativada do ritmo de mudanças na morfologia fluvial por processos de erosão e sedimentação no médio-baixo rio Doce entre os anos 1977 e 2017, trecho a jusante da UHE de Aimorés até a foz, partindo de uma (re)caracterização dos aspectos físicos-sociais de toda a bacia seguido da análise da área de estudo, valorizando o uso de dados e informações acessíveis das principais agências e órgãos de referência (ANA, ANEEL, ONS, IBGE, IJSN, INPE, USGS, entre outros), delimitação das variáveis mofométricas e morfológicas em ambiente SIG, aplicação de algoritmos, campanhas de campo, registros fotográficos e referencial bibliográfico selecionado.

O emprego dos métodos e técnicas desta pesquisa permitiu apresentar um panorama/diagnóstico da relação erosão/sedimentação, através de um estudo temporal, desenvolvendo uma metodologia satisfatória possível de ser aplicada em outras bacias de médio-grande porte, especialmente, daquelas desprovidas de análises e levantamentos dessa natureza, para fins de monitoramento, recuperação e gestão.

Constatou-se nos estudos das séries históricas das estações fluviométricas, o crescimento e frequência de vazões mensais abaixo da média, comprometendo no futuro próximo, o atendimento de novas demandas hídricas, a exemplo, do abastecimento e geração de energia. As imagens de satélites de 1977 e 2017 confrontadas evidenciaram mudanças aceleradas e substanciais nas formas e nos processos fluviais.

Os cálculos do balaço de erosão/sedimentação, entre outros analisados, revelaram o predomínio dos processos de sedimentação e também pontos de erosões ativas desencadeadas por uma série de interferências, entre elas, a construção das barragens de UHEs em série; vazões artificiais diárias das UHEs nos horários de pico; supressão de matas ciliares; obras de engenharia com a construção de margem concretada alterando a dinâmica das águas e erosões a jusante resultando em uma dinâmica geomórfica de um rio em busca de um novo equilíbrio fluvial.


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