terça-feira, 23 de outubro de 2012

Catástrofes naturais já custaram ao mundo US$ 3,5 trilhões em 30 anos

O custo financeiro das catástrofes naturais nos últimos 30 anos alcançou o montante de US$ 3,5 trilhões, sendo que apenas no ano passado os gastos foram de US$ 380 bilhões, segundo relatório publicado nesta semana pelo Banco Mundial, durante encontro realizado no Japão.

Em 2011, o mundo sofreu com tragédias naturais como o terremoto e tsunami no Japão, uma série de tornados que atingiu estados dos Estados Unidos, além das chuvas que mataram centenas de pessoas na Região Serrana do Rio de Janeiro.

De acordo com o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, é necessário criar uma "cultura de prevenção". Em comunicado divulgado pela instituição em conjunto com o governo japonês, Kim afirma ainda que apesar de "nenhum país ter como evitar o risco de uma catástrofe natural, todos podem reduzir sua vulnerabilidade".

"A prevenção pode ser muito menos custosa que a resposta a uma catástrofe natural", acrescentou Jim em Tóquio, onde esta semana se realiza a assembleia anual do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

Nos últimos dez anos, o Banco Mundial financiou atividades relacionadas com catástrofes naturais que permitiram salvar vidas em 92 países distintos por um valor próximo dos US$ 18 bilhões. Todos os governos têm interesse em integrar a gestão de riscos naturais em seu planejamento e em seus programas de investimento, segundo os autores do comunicado conjunto.

Chuvas na Região Serrana do Rio de Janeiro mataram centenas de pessoas devido aos deslizamentos de terra. (Foto: TV Globo).

Ásia concentra países mais vulneráveis
Os países mais vulneráveis a catástrofes naturais ficam na Ásia, segundo um ranking feito por cientistas da Maplecroft, uma empresa britânica de análise de riscos.

Eles avaliaram 197 países, que classificaram em função do impacto dos desastres naturais na sua economia. A ideia é avaliar como um terremoto ou uma inundação afetam a população do país.

O estudo expõe a limitada preparação e a pequena capacidade de reação dos países asiáticos. Bangladesh aparece como o país mais vulnerável, seguido das Filipinas, da República Dominicana e de Mianmar, que são todos "de risco extremo".

A lista dos mais vulneráveis inclui Índia, Vietnã e Laos, todos na Ásia. Em seguida, no ranking, estão Haiti e Nicarágua, situados na América Central.

O "atlas" dos riscos que podem surgir de acidentes naturais mostra que, à medida em que a infraestrutura de um país é ruim e seu governo é frágil, maior será o impacto de uma catástrofe ambiental.

A empresa indica que os danos econômicos mundiais provocados por catástrofes naturais alcançaram em 2011 um recorde calculado em US$ 380 bilhões, devido especialmente ao terremoto seguido de tsunami ocorrido no Japão, que representou 55% da conta.

Fonte: G1.

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