terça-feira, 8 de maio de 2012

Radar meteorológico vai prever desastres com duas horas de antecedência

Um radar meteorológico a ser instalado no Espírito Santo no ano que vem poderá prever desastres naturais com ao menos duas horas de antecedência e medir exatamente quanto vai chover. O aparelho, cujo valor estimado é de R$ 3,5 milhões, será adquirido pela Vale em parceria com o governo do Estado.

Além do equipamento, 25 centros meteorológicos serão instalados em municípios capixabas para complementar os dados do radar. O Espírito Santo ainda não possui um aparelho como esse.

De acordo com o coronel Edimilton Ribeiro, da Defesa Civil Estadual, com a previsão mais precisa de eventos climáticos as cidades atingidas serão alertadas mais rapidamente sobre os riscos. "Essa estrutura vai permitir que, com antecedência de duas horas, nós saibamos o tipo de evento que está vindo. Poderemos alertar as defesas civis municipais para prevenir os riscos dos desastres".

O sistema, com investimento total previsto em R$ 15 milhões – incluindo os centros meteorológicos - trará informações sobre temperatura, pressão, precipitação de chuvas, velocidade e direção dos ventos. Será possível prever também quantos metros o leito de um rio vai subir em consequência da chuva.

O presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo, diz que o radar deve ser instalado até meados de 2013 na região do município de Santa Teresa ou de Pedra Azul, em Domingos Martins. Ele diz ainda que o atual sistema de monitoramento das condições do tempo no Estado não fornece detalhes importantes sobre os eventos.

"O equipamento que temos hoje nos permite saber que a Grande Vitória, por exemplo, terá chuva forte. Mas quanto ao volume de chuva, a previsão manual não dá essa quantidade exata. 'Pode chover em torno de 70 mm', é a previsão. Mas tanto pode ser 70mm como pode ser 130 mm. Com o radar, vou saber exatamente quanto que vai chover", explica.

O diretor de portos da Vale, Crisitano Cobo, diz que a empresa já estudava adquirir um radar e, como o governo do Estado tinha a mesma intenção, decidiram formar uma parceria. Com o equipamento, a empresa poderá minimizar os efeitos climáticos sobre as operações portuárias.

"Quando a gente identificar a chegada de alguma rajada de vento, tempestade, ou um tornado, como ocorreu em novembro de 2010, nós poderemos prever e retirar as pessoas que estejam em locais de risco e preparar os equipamentos para a velocidade dos ventos ou da quantidade de chuva que virá. Isso é uma forma de prevenção para as nossas operações", afirmou Cobo.

Em 2010 uma ventania derrubou dois dos descarregadores de navios da Vale no Terminal de Carvão do Porto de Praia Mole.

Fonte: Gazeta Online.

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